11 de abril de 2013

A rapariga do gorro vermelho


Vi ontem à saída da boca de metro do Chiado, o sem-abrigo que vejo sempre no mesmo sítio todos os dias. Mas desta vez ele estava acompanhado.

É engraçado que não foram mais que três segundos que olhei para a moça a falar com o homem mas passei o resto dia a pensar nela. Dei por mim a pensar no que ela poderia estar a dizer, se estava a tentar mudar a vida daquele homem, dar uma palavra de esperança... basicamente percorri todas hipóteses em que já pensei fazer eu mesma. Nunca fiz por falta de coragem ou sei lá... Há pessoas tão estranhas em Lisboa que a mais frágil pode mostrar-se a mais abrupta.

Ainda assim, continuo curiosa. Aquela rapariga, a quem nem sequer vi a cara, apenas a sua figura elegante e bem vestida, com um gorro vermelho na cabeça, o que só me ajudou mais a imaginar uma pessoa doce, amável.

Mais engraçado ainda: ela não faz ideia de que neste momento alguém escreveu um post sobre ela, não afz a mínima ideia de que inspirou a vida de alguém, mostrou que é possível mostrar amabilidade e bondade a qualquer pessoa mesmo sem serem pedidas.


Cisne.

2 comentários:

LA disse...

Mas a piada de se ser gentil e amável está aí... Ela não tem essas atitudes à espera que alguém repare nela ou escreva sobre ela ;)

Beijinhoo *

Cisne disse...

Sim, é verdade :) Altruísmo puro. :):)

Cisne.

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