Gostei, até porque já não me lembra va bem do filme, mas o som ficou aquém das expectativas. Fui ver o Senhor dos Anéis in Concert na Gulbenkian em Novembro e adorei. Ora, tendo em conta que eu gosto 3 vezes mais dos filmes do Harry Potter do que do Senhor dos Anéis e mesmo assim adorei o concerto da Gulbenkian, este que não era acústico...nha...
Mas pronto, passei um bom serão na mesma. E tocaram bem. Só que não se sentia a força e presença da orquestra.
Uma das coisas em que sei que mudei foi na maneira como vejo relacionamentos amorosos. Dantes empenhava-me muito em perceber tudo. Em escarafunchar tudo, discutir e dissecar uma discussão até à última. Com ele, agora, aprendi que há coisas que não merecem ser continuadas. Discussões feitas de nada, que não têm mais base nenhuma a não ser cansaço ou medo de não ser suficiente (alheio à relação). Às vezes basta ir lavar a loiça, ou ir tirar a maquilhagem ou ir pintar as unhas para o quarto. A verdade é que se não nos incomodar-mos um ao outro depois de termos percebido que estamos a discutir sobre nada, é incrível o processo de reset que conseguimos fazer sozinhos. Não sei como percebemos isto, mas suponho que ano e meio tenha chegado.
É bom...saber que - se realmente esperarmos o tempo exacto necessário - podemos voltar sem termos medo de levar uma "dentada".
Esta Orquestra é linda! (clicar em Continuar a ver para ver o vídeo)
E quem pode pedir mais que uma orquestra a tocar músicas de filmes absolutamente emblemáticos, com bandas sonoras marcantes e lindas? Com cantora ao vivo - também ela super talentosa e humilde, a cantora do "Já Passou" do filme Frozen - Margarida Encarnação e outras surpresas =)
Ele: Lá de três em três meses trocamos mensagens, é uma amiga, só não aceito sair com ela porque tu terias ciúmes.
Eu: Eu sempre te disse que podias sair com quem quisesses, eu confio plenamente em ti. Tu só não vais porque sabes que eu teria legitimidade para fazer o mesmo e isso tu não queres.
- Não, não é nada por isso. Mas sei que pode haver a possibilidade de ela querer alguma coisa comigo mas estou tranquilo, não quero nada com ela, estou contigo.
- Eu sei, por mim estás à vontade e confio em ti. Só não digas que é por minha causa porque eu sempre te dei toda a liberdade...
- Ai...Estava só a brincar"
Estão sempre só a brincar. Quando temos resposta estão só a brincar, quando não temos confiança em nós mesmas e acabamos por não dar resposta é bem sério.
Do que depender de mim, espero nunca me "esquecer" de dar resposta. Ou eu o endireito ou partimos os dois.
Acho que o medo é uma memória de um sofrimento que vem de fininho.
Quase nunca me lembro de ter tido uma relação de três anos em que fui manipulada e mal tratada verbalmente. Mas lembro-me sempre com muito pormenor de tudo quando raspo numa situação que é ou pode vir a ser semelhante...
Quando esta memória vem ao de cima, experiencio um medo dilacerante de viver tudo outra vez. Perdão. Tenho medo de viver tudo outra vez e novamente sem me aperceber disso.
Por um lado obrigo-me a procurar "sinais de perigo" ter a certeza que não estou a ceder demasiado, que não estou a sobrepor a vontade dele à minha, etc.. Mas quando se gosta, este julgamento fica tão mais difícil e deturpado... Por outro lado não quero estar atenta a nada, quero viver esta relação, quero aceita-lo, entende-lo, não ser demasiado exigente...
Já consegui muita coisa nesta relação. Desde discussões de ciúmes cada vez menos frequentes até piadas ou comentários de muita insegurança. Não quero perder a força nem o instinto que me protege de passar pelo mesmo. Mas quero acreditar que sem terminar a relação, podemos fazer com resulte.
Afinal, para que hei-de eu fugir de uma relação deste tipo se atraio exactamente o mesmo na próxima? Não, vou ficar e resolver, fazer diferente. Mudar a relação mudando-me a mim. Não adaptando-me a ele mas mudando a maneira como olho para mim e dando importância às coisas que quero e penso.