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9 de março de 2018

Amigos e depressão não combina. Com este menos ainda

Lembro-me de tentar explicar ao meu melhor amigo na faculdade que tinha uma depressão. 
De lhe dizer algo como "não consigo sair de casa. Está tudo bem e depois deixa de estar. Simplesmente não me consigo mexer." E ele me responder num tom super paternalista " então Cisne? Vá lá, que disparate, tu lá és mulher para isso... és tão forte!..."

A conversa morreu ali. Claramente naquele momento eu percebi que ele não fazia ideia do que era uma depressão ou então curtia de mandar areia para os olhos.

Hoje consigo ver que ele achava que me estava a ajudar e incentivar e tudo mais mas naquela altura fiquei profundamente triste. Estava a mostrar ao meu amigo que era fraca. A partir daí comecei a mentir. Sempre que não ia às aulas dizia que era preguiça ou que tinha adormecido ou que estava doente. Sabem o que é pior? 

Ele não só acreditou em tudo (ou não se preocupou em perceber se era verdade) como ainda "foi na onda" que toda a gente dizia que eu era a típica universitária baldas. E, claro, eu não desmentia, porque pior seria dizer que era a universitária depressiva. A bailarina com a depressão.

Há mesmo amizades condenadas que nós só vemos muito tarde. Separámo-nos completamente. Porquê?
Na óptica dele porque assim é a vida.

Na minha óptica porque ele não quis saber.

Cisne

4 de março de 2018

Preciso de vocês!!


Como falei há pouco tempo, criei um blog sobre dança, Danc'In Blog! E dá-me imenso gozo escrever nele e partilhar aquilo que eu penso, sei e conheço...e projectar que um dia, outros professores bailarinos ou amantes da arte no geral possam vir a partilhar algo comigo deixa-me muito entusiasmada! Mas estou insegura em relação a uma série de coisas: estética de todo o blog no geral,  se está interessante, se está bem escrito...

E, se não fosse pedir muito, gostava muito muito muito que dessem uma espreitadela e me dessem a vossa sincera opinião! Quanto mais críticas construtivas melhor! Quero aperfeiçoá-lo e continuar a actualizar os conteúdos para só o publicar quando tiver muitos e a certeza de que tudo está exactamente como quero. O objectivo é chegar às 100 publicações e só nessa altura partilhar o site publicamente. Por isto, peço-vos que não o partilhem para já.

Como o blog de dança não está anónimo, se quiserem comentar lá no blog, por favor não usem Cisne, para as pessoas não fazerem associação, de preferência.

Também decidi escrevê-lo coloquialmente, sem grandes frases nem palavras, exactamente como escrevo aqui - como e sobre o que me apetecer

E então?? O que acham?? Mais vale tirar a ideia da cabeça porque não tem interesse nenhum? Ir tirar um curso de design porque não tem ponta por onde se lhe pegue... Ajudem-me com a vossa vasta experiência de grandes leitores!

Cisne

7 de fevereiro de 2018

Uma parvalhona na mesa, uma louca por chegar à cama!*


(...)Prontos?? Aqui vou eu!...

Ora pois que a vossa Cisne já não sabe conviver socialmente. Vamos imaginar que a Cisne marca um jantar com amigos (daqueles que não são ultra próximos mas que são o tipo de amigos com quem estamos à vontade e falamos basicamente sobre tudo).

Seria de esperar que a Cisne falasse - logo aqui estamos mal porque de repente parece que sou a pessoa mais desinteressante de todo o Universo, uma vez que não me ocorre uma única coisa que valha a pena dizer;
Se está na mesa um assunto que não me diz respeito ou com o qual não me identifico, tenho tolerância ZERO para esperar que esse assunto acabe ou sequer inventar um outro que me agrade mais ou a todos;
Assim que se acaba de comer parou de haver o que quer que seja que nos una na minha cabeça. Já bocejo passado quinze minutos do final da refeição, tremo das pernas passada meia hora, passado uma já estou a contemplar o melhor plano verbal para dizer que me vou embora e quando chegamos à hora e meia já eu superei quaisquer barreiras da boa educação e já estou a meter a primeira para me ir embora no meu quentinho e confortável carro.

Portanto é isto meus amigos: já não sei socializar e juro-vos que eu não era assim há DOIS MESES atrás. Não foi assim há tanto tempo!! O que raio me sucedeu??? Porque é que os meus níveis de paciência estão tão miseráveis?? Porque é que de repente desaprendi regras normais de convivência em grupo?

A sério que isto me está a preocupar. No outro dia foi de tal forma grave que isto aconteceu: fui a um jantar de aniversário de uma amiga MINHA com o meu namorado. Ora o meu namorado que não conhecia NINGUÉM estava alegre e contente a conversar com outra amiga minha e eu de 5 em 5 minutos a pedir-lhe pelo amor de Deus (e de quantos mais santinhos houvessem) para nos irmos embora. Enfim... Medo. 

Alguém me pode ajudar?? Que já tenha passado por isto pelo menos??

Cisne

*referência à canção de Marco Paulo "uma lady na mesa, uma maluca na cama"

26 de dezembro de 2017

Prenda de Natal para os vizinhos


Escrevi dois tipos de bilhetes para ver qual gostava mais. Inspirei-me e foi isto que saiu...

"Olá vizinhos!
Somos moradoras de um dos apartamentos do condomínio e, como tal, sabemos que a maior parte destes bilhetes não são coisas boas. Mas estamos aqui para mudar isso!
Viemos desejar um Feliz Natal, mesmo que não lhe liguem muito. Que mesmo que seja apenas uma época por ano que o seja em grande: com muita saúde, companheirismo, amor, felicidade. Que possam também ver todos os vossos desejos realizados no ano que já bate à porta.
Esperamos que tenham gostado do nosso bilhete e...
Feliz Natal!!"


"Olá a quem não nos conhece
E isso de facto acontece
Na altura dos azevinhos
Vamos celebrar sermos vizinhos

Mas vamos pôr um fim a isto
Mesmo que um pouco imprevisto
Aproximar-nos um pouco
Quando andamos num mundo louco

Um Feliz Natal com um sabor especial
A quem desejamos amor incondicional 
Um Ano Novo sem mal
Para uma família sem igual."

Qual deles gostaram mais? A prosa ou o poema?

Cisne

26 de agosto de 2017

Despedida

Esta carta foi escrita do coração para os dedos. Sem qualquer filtro, sem qualquer preocupação com o remetente, apenas na tentativa de aliviar o desassossego que a minha alma sentia ontem. Tem todas as coisas que eu não disse, que eu não devia ter dito e possivelmente que não sinto sequer. Estas palavras deixam de fora qualquer raciocínio lógico ou gratidão que em verdade sinto, quer pela experiência, quer pela pessoa. Devem ser completamente egocêntricas, pois também assim me parece que nos sentimos quando sofremos. Depois de a escrever senti-me muito melhor e quero publicá-la para a poder reler um dia mais tarde, com a mente e coração frios e com a distância que nos permite sempre um melhor juízo de valor.


Olá. Não tenho nada para te dizer. Já nem faz sentido dizer seja o que for porque o que aconteceu foi uma completa separação de familiaridade.
Em poucos dias, deixou de importar o que nos uniu e de que forma. E isso magoa muito. Tenho medo da justificação que dás às pessoas acerca da minha ausência. Peço em segredo para que o novo professor não seja meu conhecido e que não seja melhor que eu. Peço para que não se espalhe uma má imagem de mim. Que eu consiga arranjar um bom trabalho outra vez. Se não fosse o colégio a manter alguma conexão com algo que já conheço acredito que estaria em bem pior estado.
Não me sinto forte, não me sinto a pessoa que disseste que eu era. Não me sinto, no fundo, uma má pessoa. Pois acredito que foi esse o meu bilhete de ida: "não quero este tipo de personalidade a trabalhar comigo". E nada acontece por acaso pois foi também apenas a tua distancia e falhas de comunicação que me fizeram desejar sair. Eu só nunca esperei que acontecesse de facto. Na nossa última conversa previ que vergava mas não partia. Estava muito mais preocupada em como é que eu ia lidar com o ambiente com a B. do que contigo.
Tenho a sensação de que não me conheces. E não sei como é que isso aconteceu. Jantámos e almoçámos juntas, convivemos diariamente e na vida uma da outra... E acabamos esta relação comigo a achar que te conheço, que te entendo, que compreendo inclusivamente a tua decisão – só não concordo com ela.
Agora já sei o que é que te quero dizer: Não foram os meus erros que fizeram com que eu fosse despedida. Foi a minha personalidade. Que não é das mais fáceis. Mas é honesta. Pelo menos eu acho que é. E tu duvidaste disso. Felizmente existem cartas pois tem de haver uma maneira de te dizer isto sem dizer: deixaste uma menininha, insegura, bruta, cheia de defeitos MAS a APRENDER, desamparada. E eu só tenho que perceber. Não é o teu trabalho amparar-me. Mas foi a tua escolha quando me deste trabalho com 19 anos, quando percebeste que eu era insegura e não sabia muito bem o que sabia. Para mim foste muito rápida a arranjar alguém que me substituísse. E outra das coisas que mais me custa é essa: ninguém te pode substituir. Ninguém pode substituir a primeira pessoa que te deu a mão. Acho que o que mais custa é isso: é sentir que há tanto amor por uma pessoa que desprezou. Se calhar isto é tudo um exagero mas não deixa de ser o que eu sinto.
Pergunto-me vezes sem conta o que é que eu poderia ter feito melhor ou diferente, sem que ninguém me ensinasse. Vejo e revejo na minha cabeça tudo o que fiz e nunca mas nunca mas nunca fiz nada com má intenção. E outra coisa que custa: não sei como não vês isso!! Não sei como é possível que para ti de repente confiança puf! O que raio te andam a dizer?? Ou estes erros, gaita, são assim tão graves??? Como eu podia saber?? Gaita. Não sabia ter feito melhor. Não sabia mesmo. Levei para casa quinhentas vezes as perguntas, as preocupações, as responsabilidades, as dúvidas. O N. pode confirmar com boa memória cada uma delas! Duvidei quase sempre do que fiz. Do que disse, do que decidi. Do que ouvi. Mas no final das contas temos de escolher. E eu se calhar umas vezes fiz más escolhas. Mas muitas vezes tu também. E a merda é que eu não te culpo delas! E sinto que eu estou a sofrer as consequências. E tu? Não que eu queira vingança mas e tu? Quais são as tuas consequências? Qual é o teu karma?

E agora qual é o passo seguinte para mim? Deixar tudo para trás? Como se nunca tivesse acontecido. Começar do zero, num lugar que não me diz nada, com miúdos desinteressantes, que só dançam porque não têm nada melhor que fazer... Sinto-me a dar aulas na minha terra em plena Lisboa... Penso que mais valia dar lá as aulas e não pagava casa. Talvez até tivesse melhores condições.

Não sei. A nada: não sei. Mas vou seguir não sabendo. Vou seguir descobrindo, desbravando, explorando. E vou ser bem sucedida. Contigo. Com o que me ensinaste. Que eu respeito e honro. E com a esperança de os nossos caminhos se voltem a encontrar – sem mágoa, sem tristeza, sem rancor. Só com a alegria de nos vermos mais velhas, mais sábias, já mulheres diferentes.


Obrigada.
Cisne

12 de novembro de 2016

Apercebi-me que metemos a nossa vida presente em prespectiva quando falamos com com um amigo com quem não falávamos há imenso tempo mas com quem partilhámos bastante de nós. 

Primeiro porque ele também nos vai contar o que há de novo e comparações (ainda que inconscientemente) são sempre inevitáveis... 

Depois porque, como temos de contar como estamos e o que andamos a fazer e o que está diferente desde a última vez que falaram, vemos as diferenças... É quase como ler um diário outra vez porque a pessoa ficou parada nessa altura. 

Conclusão : eu disse a esse meu amigo - acho que nunca estive tão feliz na minha vida. Tenho tudo o que sempre sonhei e estou bem comigo mesma.

Acho que não estão bem a perceber o avanço que isto é para mim, que sempre vi a felicidade no futuro ou, pior, no passado. 

Iei para mim :)))

Cisne

1 de abril de 2016

Baby steps


Hoje fui jantar com um grande amigo que já não via há dois séculos e contei-lhe finalmente com quem namorava. Ficou apalavrado um café com os três para quando ele não estivesse em Espanha.

Já estamos a ir a algum lado. Muita calma nesta hora =)

Cisne

9 de outubro de 2015

Fora tudo, tá tudo bem!

Sempre que pergunto a um amigo meu se está tudo bem, ele responde.me qualquer coisa deste género:
Tá, tou bem, ando aqui com dores no joelho e nas costas e no dedo do pé, a minha mãe está com uma depressão, não vejo o meu namorado há três semanas mas estamos bem, no trabalho tou um bocado frustrado mas pronto...fora tudo tá tudo bem! 

Tenho cá para mim que isto há.de ser o cúmulo do optimismo...


22 de setembro de 2015

O soldado e a bailarina

Não sei bem o que é. É uma coisa nova e tranquila. É uma pessoa que me acompanha, que me trata bem e não me pressiona. Não é nada de especial. Se algum dia for, será. E se não for nada então estarei feliz na mesma, qual história da bailarina*...


* era uma vez um soldado que era feliz. E um dia encontrou uma bailarina que preenchia a sua vida apesar de ele já ser feliz. Com o tempo gostaram muito um do outro e a bailarina passou a fazer parte da sua vida. Um dia a bailarina já não quer namorar com o soldado e vai embora. Então o amigo do soldado pergunta.lhe como pode ele estar tão tranquilo e bem agora que a bailarina foi embora. Ao que ele responde "eu já era feliz antes de ela chegar à minha vida, porque deixarei de o ser agora que ela se foi?"


Cisne

14 de setembro de 2015

Vai molhar os pés


- Então vá, vai lá molhar os pés
...
[Pausa]
- Mas como é que tu sabias que eu quero ir molhar os pés? Nem eu sabia...


Amizade tem destes momentos cheios de doce. Que bom...

Cisne

24 de junho de 2015

Para pensar


Sabemos o que alguém espera de nós e que isso é só parcialmente verdade/real e muito melhor que a realidade. Não é uma pessoa que vemos frequentemente mas com quem gostamos de conversar.

Mantemos a ilusão? Ou damo-nos a conhecer duramente?


Cisne

5 de maio de 2015

Família vs. Amigos


Não sei o que faria sem a minha família em momentos como estes. Ainda assim, seria bom ter um amigo com quem falar. Um que estivesse sempre lá. Não tenho coragem de falar com nenhum dos meus "amigos", parece-me sempre demasiado íntimo para partilhar com uma pessoa com que falo uma vez em dois meses... Talvez seja pelo melhor. Já devo soar chata há duas semanas a falar do mesmo assunto non-stop. No judging...


Cisne

30 de abril de 2015

Ele


Ele foi a coisa mais bonita que eu já tive na minha vida. A mais bonita. E não consigo nem começar por dizer as saudades que tenho e que ainda vou ter dele.


Cisne

11 de abril de 2015

Jantar de "amigos"


Amanhã tenho um jantar de "amigos".

Um casal lamechoso e peganhento,

Um ex-casal, um ex-peganhento e uma actual arrogante e estúpida

E a minha irmã, a única sã e realmente amiga neste jantar.

Deus me ajude. Ou alguém. Por favor alguém!!


Cisne.

13 de fevereiro de 2015

Tranquilla chica...


Dei início a um processo de auto-healing. Qualquer coisa parecida com limpeza interior. Uma coisa que a psicóloga disse que era boa ideia. Assim ao jeito de dizer o que sinto às pessoas, com o objectivo de elas me perceberem melhor e de eu não guardar tudo aqui na despensa, o que por sua vez fará (na teórica) com que eu me sinta menos ansiosa.

Com o meu namorado falhou...redondamente. Duas vezes. Mas não vamos falar sobre isso.

Com o resto das pessoas funcionou perfeitamente. Em dois dos casos, o "letting go" de o que nos separou no passado, fez com que eu recuperasse duas amizades que me pareciam já ter ficado no passado. Não digo que vão ser as minhas melhores amigas e que vamos falar todos os dias. Mas são duas pessoas com quem eu gosto de falar, que me entendem, com quem eu me divirto e que já me conhecem e eu conheço bem. Portanto, não vejo qualquer razão para recusar este tipo de amizade em que, inclusive, pouca/menor proximidade não é necessariamente uma coisa má.

Pronto, até agora tem sido uma experiência boa e libertadora. Dizer o que ficou por dizer. Ver o que as pessoas têm a dizer sobre isso. Aceitar uma relação que neguei por não ter o formato que eu desejava. Ou seja, não é tanto andar agora feita maluca a querer paz no mundo todo, mas sim mudar a minha reacção automática. Acabar com os meus estereótipos de perfeição. Aceitar o que me é dado, e o que não é. Estar em conexão com isso, em vez de negação.

Pronto, e sinto-me mais tranquila. Que é o mais importante.

Cisne

30 de dezembro de 2014

Amigos, amigos, opiniões à parte...


Hoje disseste-me:

- Ai mulher, venha o próximo!
- O próximo? E se não houver próximo?
- Ai credo, claro que vai haver!
- Credo, porque é que não acreditas que possa ser mesmo Ele?
- Porque já muita coisa aconteceu. E porque entretanto de acomodaste, te contentaste.

Eu não sei se eu estou louca, se estás tu... Eu não vejo nada disto desta maneira, como tu vês. E as tuas palavras magoam tanto às vezes... Que tu olhes para mim e vejas alguém inseguro, que se contenta, que acha que não arranja melhor. Não, C.! Eu já não sou essa pessoa. Eu não me contentei com nada. Eu lutei pelo que quis, eu construí uma relação e adaptei-me a uma pessoa e ela a mim porque achámos que valíamos a pena. Eu gosto MESMO da pessoa com quem estou. Não estou só por estar. Estou porque acho que mereço alguém como ele. E ele alguém como eu. E claro que temos as nossas diferenças e que trabalhamos para nos adaptar, mas não é assim que deve ser? Acreditas mesmo em alguém completamente perfeito com quem se dá imediatamente "o clique"?? Eu não... Eu acredito em pessoas boas. Que se preocupam contigo e querem saber de ti. E ele quer, ele gosta MESMO de mim. E gostava que pudesses acreditar que estamos bem juntos. Pode não ser para sempre, mas que se for não é nenhum crime, e gostava de ter o teu apoio de vez em quando...

Gaita, deixas-me em baixo com estas conversas...


Cisne

8 de outubro de 2014

Com todo o sentido.

Não passa um dia que não me lembre que já não estás aqui. Que te queira contar qualquer coisa nova, que queira ligar-te só para dizermos disparates ou dar-mos sermões um ao outro (ambos teimamos que sabemos qual é a melhor maneira de viver...). Não passa um dia sem que sinta mágoa. Se fui a que mais bem (sim, é assim que se escreve!) te fiz, porque sou a única que não te pode ver? Isso sim. Não faz sentido.

Mas respeito. E espero. Com fé. Sem sentido... Porque connosco nunca fez sentido. É assim que funciona: só com confiança e honestidade. Só as coisas mais importantes.


Cisne.

22 de junho de 2014

Prometi ter 20 anos

 

Aqueles momentos que não duram nada e significam o mundo, aquele momento em que prendes a respiração e ficas parado sem conseguir mexer-te. Aquele momento em que as lágrimas caiem e não encontras solução para parar ou o que fazer a seguir.

Aqueles momentos que quanto mais queres eternizar mais te escapam entre os dedos.

Aquele momento em que vês o nascer do sol ao lado de pessoas que partilharam 5 meses únicos da tua vida. O momento seguinte em que vês um recomeço. O momento seguinte em que te dá medo do que vem a seguir. O momento seguinte em que te dá saudades do que ainda nem deixaste. E no momento seguinte já estás a deixar umas dessas pessoas na estação. No próximo momento és tu.

E o corpo e a cabeça não encontram solução para resolver uma coisa que parece simples: ir embora. Então deixa-se levar... Não é preciso ter sempre rumo.

Porque houve dias em que de repente estava a andar de mota. Porque houve dias em que de repente fui para o mar à noite. Porque de repente fui ver o nascer do sol para a praia. Porque de repente fomos sair. Porque de repente tinha 4 criações. Porque de repente estava na casa de desconhecidos. Porque de repente estava a comer comida vegetariana. Porque de repente acabei com o meu namorado. Porque de repente não consegui sair de casa. Porque de repente alguém me pediu um beijo. Porque de repente eu não sabia o que fazer. 

Vendo bem, os melhores momentos foram os que não tiveram rumo, os que fugiram do meu controlo. Então porque é que estou com tanto medo do que vem a seguir?

Fiz-lhe uma promessa. A de me manter jovem - talvez muito ao estilo do meu pai. Foi uma promessa, a de me lembrar da minha idade, a de pensar à frente mas viver no momento. Não tenciono quebrá-la.

Obrigada L. Obrigada Barcelona.


Cisne.

23 de janeiro de 2014

Hoje, o dia de sorrir

Hoje o dia está a ser mesmo a sorrir. E nem de propósito tanta coisa correu mal. E enervei-me e chateei-me e esqueci-me completamente do que tinha escrito aqui. Mas não faz mal. Porque mais do que com problemas chatos e zangas, esta vida abençoou-me com amigos, namorado e família fantásticos que durante todo o dia de hoje me lembraram que tenho muitos motivos para sorrir.

Este post é para todos eles. Por me ajudarem a lembrar de que tenho muitos motivos para sorrir. Obrigada =)


Cisne.

17 de janeiro de 2014

As palavras que talvez te direi #3

Queria escrever alguma coisa para ti. Alguma coisa bonita porque mereces coisas bonitas. Vamos ver se serve...

Tenho saudades tuas. Nem pensei que pudesse sentir tantas, às vezes és um chato com o teu péssimismo ou com as tuas más energias ou com o teu mau feitio que não se entende muito bem com o meu.

Já não está muito bonito pois não? É que eu acho que bonito não consigo... Porque sou bruta e muito imperfeita, um pouco também como tu, feia nas palavras porque a vida não se fala só em tons bonitos.

Queria que soubesses que fazes parte da minha vida. Pouco me importa se pouco ou muito. Se me fazes falta é porque fazes parte dela. E lembro-me muito bem de rirmos e falarmos à parva durante horas. E de partilharmos silêncios num jardim onde nunca estive antes, e de irmos à praia numa praia com a alegria de crianças a desenhar na areia as únicas três coisas que eu sei desenhar: a lua, o sol e um carro. Eu lembro-me muito bem de passarmos horas e horas junto ao Tejo, a rir, a falar, a olhar, a adormecer... Lembro-me de quase sermos assaltados, lembro-me de te rires da minha reação a seguir, lembro-me de ficares preocupado comigo mas sem mostrar para que eu ficasse melhor. Estou a sorrir agora a escrever isto, a lembrar-me de tudo. Eu sei que também te lembras e, mais importante que lembrar, sei que não te queres esquecer. Eu também não quero =)

Sei que às vezes não nos entendemos muito bem ou não nos entendemos de todo - vai sempre depender dos dias e dos humores... Mas é isso. É isso que é giro na nossa amizade. Eu nunca sei como vai ser, o que vai acontecer. Sinto falta disso. Contigo cada dia é uma descoberta e uma aventura. Sinto muita falta disso. Sinto muito a tua falta... Quero o meu amigo de volta e no entanto estou de partida...

Acho que nunca te disse que me lembro muitas vezes de ti quando estou a conduzir. Quase sempre, na verdade... Lembro-me dos teus conselhos dos teus "então tu não vês que estás muito perto?", "Alto, alto! Tá bom, bora" ou "faz isso faz...depois não digas que te avisei...armada em esperta". =)


Cisne

Envelhecer

 Tenho 29 anos. Para alguns sou nova, para outros sou muito nova, para outros "já ninguém tem 20's"... Estava aqui a tentar le...