A amizade é dispensável e só um tolo adicionaria erradamente o «in» no início deste adjectivo.
Não tenho muita experiência em falta de amigos (ou pelo menos de os chamados de «conhecidos») mas a pouca que tenho (que começa, infelizmente, a tornar-se muita) indica-me que a amizade não é tão importante quanto...água, por exemplo. Fisicamente, conseguimos sobreviver sem amizade; já sem água, o mesmo não acontece.
Contudo, não creio que se trate de uma vida plena, por assim dizer. É que é ao reparar quem nos dá um sorriso de manhã, ou uma cara mal-disposta a que vamos suplicar para que nos conte o que é que se passou para justificar a dita expressão; quem se alegra quando nos vê; quem não acredita mas que por nós crê, que desvendamos a plenitude de uma amizade pura.
São todas estas coisas, e muitas mais que não devem caber no papel, uma vez que não há palavras capazes de fundamentar as montanhas que um amigo move, que marcam o limite do verdadeiro amigo.
É então por isso, (pelas montanhas que move, pelas força interior que nos oferece, pela mera atenção de um olhar preocupado...) que conseguimos perdoar um amigo, se ele errar, se ele destruir aquela imagem heróica que consumimos e guardamos tão fortemente contra o peito. É por isso que queremos para ele o melhor que a vida pode e tem para oferecer. É, no fim, por tudo isto que acreditamos nele, mais que qualquer outra pessoa.
(Teste de avaliação 10ºano ano)
Ano lectivo 2008/2009
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