1 de dezembro de 2010

Reset

Há pessoas...

Há pessoas que nos desmotivam de uma forma que nunca pensamos. Que nos deitam abaixo quando menos esperamos, e relação a coisas sem sentido.

Há pessoas que nos magoam tão intensivamente que, mesmo que perdoemos, vamos sempre guardar para toda uma vida a mazela.

Há pessoas estranhas que ou nos fazem rir, gozar ou torcer o nariz.

Há pessoas que "não jogam com o baralho todo" ou pelo menos "jogam com um baralho completamente diferente do nosso".

Somos tão diferentes uns dos outros. As pessoas fascinam-me, fascinam-me mesmo. Sou extremamente curiosa, quer saber tudo sobre elas, quero saber o que pensam, como pensam, do que gostam, o que querem, o que procuram...Quero saber tudo! Quero conhecê-las.

Mas há outros dias...dias em que o Vítor me chateia, dias em que só me apetece mandar os meus colegas de turma para a primária (juntamente com a minha prof de mat, para ver se ela aprende a falar bem português), em que só me apetece fechar-me, muito sossegada, muito atenta ou completamente distraída. Deitar-me na minha cama, ouvir o silêncio, não fazer perguntas nem ouvir respostas. Sem pensar. Isto porque, no processo em que conheço as pessoas, me desiludo com elas. E não sei porquê, já devia ter aprendido a aceitar surpresas...

Há dias, como o de hoje, em que conhecer pessoas é a pior coisa deste mundo. Em que conviver em sociedade me parece um mito. Há dias em que o silêncio monótuno e oportuno do meu quarto vale a minha momentânea paz de espírito. Ou se não é paz de espírito, é um sossego físico, em que não existe grande actividade cerebral.

Nesses dias, como o de hoje, o cérebro faz um reset. Talvez por isso me esqueça que as pessoas desiludem. Nesses dias, como o de hoje, quero estar quieta e que me não falem, quero chorar, talvez, se me trouxer sossego. E por agora traz...


Cisne.

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