21 de fevereiro de 2011

O passado, o presente e o futuro



Hoje encontrei uma pessoa que já não via à pelo menos 2 anos. Era namorado de uma amiga minha da altura, que entretanto se chateou com ela. Na altura, eu e o meu muito recente ex-namorado da altura, tentamos juntá-los de novo (a pedido dele) mas não deu certo. Foi quando eu e o tal rapaz com quem eu namorei nos apercebemos do erro colossal que cometemos no nosso namoro mas onde também já não havia volta a dar.

Hoje agradeço a Deus que ele tenha entrado no meu caminho mas também que tenha saído. Aquela relação era muito diferente de qualquer outra má e boa em todos os sentidos e mais não me alongo porque ainda custa recordar. Fez mesmo mossa em mim e, por outro lado, fez-me ir ao encontro do rapaz com quem namoro agora à quase dois anos, de quem gosto muito. Não me arrependo de nada do que fiz no passado nem agora no presente - tudo serve para que aprenda qualquer coisa. Daí que mantenha presente como o conheci, como eu era, como era ele, como nos transformámos dentro da relação, como somos hoje, embora já não nos conheçamos. Eu estou muito diferente e, mesmo que ele esteja igual, eu já não me lembro de metade de como ele era. Nem é importante; afinal, seguimos caminhos diferentes. Mas não me arrependo de nada. Por mais que custe a muita gente sabê-lo, lamento, mas não me arrependo de nada.

Gostei de encontrar o ex-namorado da minha amiga. Quase não o conheci quando me tocou no ombro e chamou o meu nome. Juro que, com apenas 2 anos sem o ver, fiquei 3 segundos para o reconhecer. Ele disse-me que ele e a ex-namorada tinham falado há pouco tempo sobre se encontraram para resolver tudo o que não ficou resolvido na altura porque deixaram de se falar.

"Já passou muito tempo... Está na altura.", disse-me ele. Vi uma tristeza nos seus olhos... Como se o «muito tempo» lhe trouxesse recordações só de o dizer; e eu via nos olhos dele essas recordações.

Agora penso nele e penso no que ele me fez lembrar na nossa breve conversa. Fiquei contente por saber que se querem entender, mas não sei se algum dia vou poder dizer-lhe que fiz o mesmo. Tal como na situação dele, passaram mais de dois anos para mim e não me parece que vá algum dia ter essa conversa.



O meu namorado diz que sou demasiado boa, que creio demasiado nas pessoas, que espero demasiado delas, que isso acaba por me magoar. "Pouco me importa", digo-lhe sempre, "estou a fazer o que está correcto". Espero que um dia saiba ser boa, crer, esperar o suficiente, para ter essa conversa de reconciliação sem me magoar.

Espero nunca me arrepender do que fiz e espero nunca esquecer o meu passado, já que ele pode não ter sido importante mas é-o agora e sê-lo-à no futuro. Mas espero que, nessa altura, não me magoe tanto pensar nele (passado) como agora. E com certeza tal sucederá - creio.

1 comentário:

Anónimo disse...

tenho pena que penses realmente assim e é por coisas como estas que evito cá vir... não creio que algum dia essa conversa venha a existir pra ser franco, thats just a feeling

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