"O comboio está atrasado vinte minutos. Pergunto-lhe se ela quer ir tomar um café e ela pergunta-me para quê. Para passar o tempo, respondo. O tempo passa na mesma, diz ela. E tem razão. Fico a contar os segundos que vão passando enquanto o vento lhe serpenteia os cabelos como se estivesse a tentar dançar com eles. É bonita, e zango-me comigo mesmo por a minha primeira opção para passar o tempo ser ir tomar um café e não ficar a olhar para ela. Ainda bem que não fui. Ainda bem que não fomos.O tempo é a prenda da vida, e às vezes ajo como se estivesse sempre a tentar gastá-lo. Nem o chego a desembrulhar e a agradecer a oferta. (...)"
...apenas porque é exactamente assim que eu penso e porque é exactamente assim que, estupidamente, eu ajo. Vamos dar um bocadinho de atenção ao tempo?
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