21 de agosto de 2012

O que não foi dito...#6 - nem será.


Tenho-vos falado de algumas coisas que foram acontecendo ao longo do ano lectivo que não tive tempo para contar na altura. Houve uma, no entanto, entre as aulas e as férias que eu não mencionei aqui. Porque há coisas que custam e que escritas também não melhoram o que quer que seja.

Houve muitas vezes, ao longo dos anos em que mantive este blog, que vim aqui para desabafar. Algumas vezes a partir de pequenas frases que alguém disse ou imagens, sem dizer precisamente do que estava a falar; outras vezes era eu quem falava porque nessas vezes não havia ninguém que pudesse falar por mim, que dissesse exactamente o que eu sentia. Nestas vezes, eu escrevo essencialmente poemas. Por mais fatelas que sejam são a maneira que tenho de redigir o que sinto, só assim consigo arranjar as palavras que façam tanto sentido escritas quanto pensadas. Não me peçam para explicar porquê que eu não consigo.

Mas enfim, isto tudo para dizer que acabei um namoro de 3 anos há cerca de dois meses. E o que não vos foi dito a vocês, infelizmente também não pôde ser dito a ele. Nomeadamente este poema que escrevi:
 
"When the rain falls down on me
I consider the challenge
By letting memories in.

Now I aim what you aim, I see what you see.
So I have no other question on my mind but
'Will you come back to me?'

Will you come back to me?

Pensei muitas vezes em publica-lo. Mesmo muitas. Estes últimos dois meses têm sido uma confusão na minha cabeça e agora, que finalmente pareço estar bem comigo mesma, com tudo o que aconteceu e com a minha decisão, achei que estava na altura de falar sobre o assunto. O que não foi dito a vocês infelizmente também não pôde ser dito à pessoa com quem eu estava, daí que nunca tenha publicado este poema, apesar de o querer fazer tantas vezes. Que não induza eu ninguém em erro: quando digo não pôde ser dito, não pôde porque não ia de acordo com a minha decisão e com o que eu queria.


Há coisas que simplesmente não podem continuar. Eu tomei a minha decisão e agora vou à vida. Vou fazer-me a ela e fazer de tudo para a conseguir aproveitar tanto como o fazia dantes. Quero voltar a ver as cores que via quando estava com outra pessoa, quero voltar a sentir-me a pessoa mais feliz à face da terra, quero dançar muito porque essa é expressão máxima da minha felicidade. Só agora me apercebo disto...

Esta relação tornou-me muito forte e feliz e o final dela foi decididamente um ponto de viragem. Acho que me fez crescer por ser uma decisão tão importante e tão... alterou tanta coisa, entendem? Coisas tão simples como a maneira como lido com a minha rotina diária, nem que seja o facto de só ter de pensar por uma em vez de por dois...  Mas bom!, dou por oficialmente acabada a fase de chorar dia e noite e viver com um peso em cima dos ombros por não saber o que fazer ou tomar decisões. Eu agora estou bem. Só tenho de continuar a estar e começo a aperceber-me que isso é realmente o mais difícil.

Mas sabem como é... Cair e levantar. E eu nunca vou deixar de acreditar que tanto um como outro são necessários na vida. Eu não me importo com isso, eu gosto. É o que torna a vida tão excitante! Cada passo que damos, cada decisão que tomamos, cada dança que dançamos...



Cisne.

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