13 de fevereiro de 2014

Força


Não sei o que é, mas algo muito forte une as quatro grandes mulheres da minha família: a minha mãe, a minha tia, a minha irmã e (gosto de pensar) eu.

Temos muitas coisas em comum: capacidade de resiliência, força de vontade, bons valores, bom-senso, esperança e amistosidade (isto é uma palavra??... Estou cansada demais para ir ver anyway...). Mas acho que não são estas coisas em comum o grande elo que nos liga, que nos une no matter what.

Há uma grande cumplicidade entre todas. Uma compreensão e preocupação que não partilho com mais ninguém. Acho que nenhuma de nós o disse alguma vez mas sei que qualquer uma de nós estaria disposta a tudo para ver as outras bem, felizes.

O que nos une, mais que sangue, é um amor imenso. Não acredito em amor incondicional mas se acreditasse acho que este amor estava próximo. O que eu sinto por estas mulheres é um sentimento tão bom. Sabem, é ter a certeza que aconteça o que acontecer, quer eu suceda como se espera ou fracasse redondamente, tenho esta segurança de que elas vão sempre estar lá para mim.

Eu admiro estas mulheres profundamente por razões variadas e tão semelhantes quanto díspares. Mas é a sua força o que eu admiro mais. Estas mullheres, a quem tenho o prazer de chamar de família (e é nelas que penso quando penso em família), já passaram por tanto e ultrapassaram tantas atrocidades que lhes foram aparecendo ao longo da vida e continuam em busca da felicidade com a mesma esperança de sempre. A força delas é o que eu mais admiro, sim. E se calhar, para além do grande amor que partilhamos, é também isto que nos une. Uma grande força. Força de espírito. Força para guiar e para seguir. Força para decidir, força para avançar. Força de espírito, uma grande alma.

As mulheres, no geral, são um género que me intriga. Mas estas não. Estas são muito fáceis de ler para mim. Conheço-as bem e adoro essa segurança. Elas são todas, à sua maneira, um ídolo para mim e por isso reconheço que sou a 4ª mulher de força da família. Porque sendo a mais nova e separada por bons anos de todas, sempre as mantive no patamar que eu um dia queria alcançar e associei ao que via nelas, ao longo destes anos, os padrões que queria para mim. Tive a força de acreditar que conseguia. Hoje penso ter a mesma força que vejo nelas e acho um orgulho isso. Gabo-me muito disso. Às vezes em tom de brincadeira (e mais a sério do que eu mesma sei) costumo dizer à minha irmã que nos está no sangue.

Estas mulheres... O que elas fizeram por mim só por existirem... Fizeram-me acreditar que era capaz de tudo o que eu quisesse, de tudo o quanto eu sonhasse. E lembro-me que todas elas estiveram lá de cada vez que eu fracassei. Hoje, que o meu sonho se realiza e os meus sucessos aumentam, elas não se mexeram do lugar, não mudaram nem um bocadinho e continuam tão maravilhosas quanto sempre foram. Hoje, em Barcelona a fazer Erasmus, doente e a sentir-me em baixo, é nelas em que eu penso quando bate a saudade. Na força. E tenho. Assenta-me como uma luva. Devo a elas o facto de pensar que consigo fazer tudo e querer lutar por tudo o que quero.

Adoro-vos e admiro-vos a todas, muito mais do que vocês a vocês mesmas, do fundo do meu coração.


Cisne

4 comentários:

Anónimo disse...

Epá...epá...epá... Tou sem palavras...."ó gaita, ó gaita!" TU és que és linda. Tu é que és uma gaja cheia de força! Bates qualquer uma de nós! A que tem melhor feitio, obviamente que sou EU, cof,cof,cof. A mais sorridente e determinada (leia-se teimosa que nem uma mula) é a D. A mais "galinho da india", nem preciso de dizer, não é?! (R. sim, melher, tens dúvidas??) E tu és a mais forte de todas. E a mais orgulhosa também.
Gosto de ti "infinitas voltas ao Óniverso".
A chata da mãe

Anónimo disse...

Ooooooooooooooooooooooooohh
Li isto logo de manhãzinha e não escrevi logo porque pensei que ainda era cedo e não ia sair nada de jeito. Esperei mais umas horas mas a inspiração não vem. Não consigo escrever nada, ando com "bloqueio de escritor" (como se fosse escritora ou algo parecido, pff...). Mas comoveste-me. Ainda que saiba que, daqui a poucos anos, não verás isso assim, percebas melhor as nossas falhas e erros e deixes de nos veres como "heróias" da tua história para passares a ver-nos como humanas que somos, cheias de imperfeições. Lindas, na mesma, claro, mas imperfeitas.:)
A única coisa que não há-de mudar nunca é o amor que nos une. Há-de ser sempre o fio condutor que nos liga e que não nos deixa afastar (muito).
Beijocas da tia mai linda do mundo, perdão, para a sobrinha mai linda do mundo!:)

Anónimo disse...

Já agora... Eu sou a loura dos lábios sexys na foto, não é?;)

A mais sorridente e determinada :) disse...

Epá, isto assim tá a puxar muito para o sentimento, não sei se estou preparada portanto vou demonstrar o meu amor da melhor forma que sei: com insultos. Adoro-vos suas mariconças!

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