13 de novembro de 2013

Parece que a neura é dia sim dia não


Mais um dia. Sinto-me a desfalecer. O momento em que me sento no carro depois do trabalho é já um alívio. A minha irmã diz que eu não devo ficar melindrada com não estar bem, por desejar tanto o fim-de-semana. Porque a verdade é que por mais que eu gosto do que faço a vida não foi feita para estudar e trabalhar ao mesmo tempo e que eu tinha de ver isto como uma situação temporária, que se fosse definitiva que eventualmente eu deixara de ser tão feliz, pois ninguém conseguiria ser feliz com tanta carga horária e de trabalho.

Por acaso tudo isto fez muito sentido então quando me começo a sentir em baixo ou muito cansada (que quando em exagero são geralmente indicadores de início de ataque de ansiedade), penso nestas palavras. Penso que não tenho de ser uma super-heroína que nunca se cansa e está sempre feliz.

Sabem o que não ajuda nada? Vá, riam-se lá... Sim, são mesmo as saudades que tenho dele. Ou melhor, são as saudades que eu sinto sozinha. Bem, como é que eu digo isto? Epa não sei, ele faz-me falta, faz mesmo. Ele acalma-me. Só por estar comigo, quando estou com ele não penso em nada. E não é verdade que seja só porque quando estou com ele é fim-de-semana e não preciso de pensar em nada etc. Houve um fim-de-semana em que estivemos os dois a estudar e eu estive super concentrada e calma o tempo todo, foi super produtivo.

Esse dia, já agora, foi espectacular. Ele cozinhou para mim, fomos passear, conheci amigos dele, conheci a rotina dele, andei pelas ruas onde ele anda, conheci segredos dele e contei meus, rimos muito, conversámos muito, criámos mais laços. Laços frágeis, por certo que sim. But still... Guardo esse fim-de-semana com muito carinho, por acaso. Porque até ali era uma relação muito muito frágil em que a qualquer momento eu esperava um «não está a resultar» ou «acho melhor darmos um tempo». E a partir dali senti-o diferente, senti-o comigo, comigo mesmo e não com uma rapariga que ele conheceu na SAL. E nada foi dito, nada de mais foi feito... São coisas que simplesmente se sentem.

Bom, coisas como a que eu sinto agora... Odeio sentir que temos vidas separadas, sem pontos de ligação. Odeio sentir que estou sozinha.


Cisne

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