2 de fevereiro de 2014

Closure

Há sempre uma gota de água. Um limite que temos inconscientemente muito bem definido e que nos diz quando está na altura de parar. Como no caso das praxes, por exemplo...mas não vamos por aí que o assunto já é suficientemente polémico e, na verdade, não é de todo sobre isso que quero falar.

Dizia eu: limites. Quanto a mim, estou sempre a descobrir novos e acho-me muito pouco limitada (não no sentido usual da expressão). De facto, sou muito liberal e livre e as decisões que tomo não são tomadas em consciência destes limites. Regem-se pelo que na altura me parece certo. Se não certo, no que é bom para mim. Se não for certo nem bom para mim... bom, eu também tomo más decisões a questão é que estou sempre a desafiar os meus limites e a ignorar qualquer instinto de proteção.

Mas por agora, o que interessa dizer, é que estou muito, muito magoada. Não me lembro da última vez que me senti assim e julgo até que não houve uma outra vez. Muito triste. Tão desiludida...

Ainda ontem disse ao namorado do meu melhor amigo que toda a gente precisa de closure. Eu não sou excepção e esta manhã fui à procura de um. A relação que eu mantinha não era estável nem me deixava estável, apesar de me fazer muito bem e de ser com uma pessoa extraordinária (pelo menos aos meus olhos e sob os meus critérios). Esta manhã fui à procura de closure e ainda não percebi se o obtive.

Chorei o caminho todo desde a Bobadela à minha terra. Tive cerca de 40km para relembrar tudo o que agora se tornou passado e que partilhámos e perceber o que me estava a acontecer. Perceber como é que tinha acontecido e como é que não percebi que um final estava tão perto... Ainda não acabei, infelizmente. Tivesse o caminho 100km...Acho que os chorava inteiros - ainda bem que não. Choro porque é uma coisa horrível não se ser amado. É a primeira vez que sinto isto... Doi muito. Não sei como gerir mas sei que, como toda a gente, vou perceber com o tempo.

Sim, acho que não tive closure. Sinto saudades dele apesar da tristeza que ele está a provocar. Sinto necessidade de um adeus, de saber que Aquela vez é A Última vez. Não sei porquê mas preciso... Mas também não vou fazer por ter. Para quê mais drama? Agora é seguir em frente e à minha frente está Barcelona.

Queria dizer mais qualquer coisa, queria deitar tudo cá para fora mas também acho que ainda não tenho noção da quantidade de coisas que deixei por dizer. O melhor será esperar e voltar cá depois... Por agora serviu, vou tentar descansar. Vou manter o telemóvel desligado e o facebook off, quero ter a minha família junto de mim, sem interrupções, como ela merece. E, apesar de neste momento este ser um desejo completamente absurdo para mim, vou fazer o quanto puder para estar bem. Porque a minha família sim, pode ser a mais imperfeita mas é sem dúvida nenhuma a mais perfeita. Adoro a minha família e sei perfeitamente que é disso que vou ter saudades.


Cisne.

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