29 de maio de 2014

Lembro-me desta parte


É tudo muito confuso quando deixam de haver lágrimas para chorar. É a altura do choque. Estou em choque. Lembro-me da sensação é assim que sei. Parece que a minha respiração se tornou inaudivel e estou um bocadinho mais morta por dentro, da mesma forma que estamos todos a cada dia que passa. Tenho tenção no corpo como se tivesse corrido a maratona, sinto um cansaço que é físico mas que não é muscular. E tenho a sensação de que isto não é um ponto final. E esta é a prova dos nove. É quando temos a sensação de que não acabou ainda porque acabou de acabar, passo a redundância.

Ao escrever, as minhas mãos mexem sozinhas pelo que em princípio este texto não deve ser o topo da coesão. Da coerência então... Enfim, por hoje estou num mundo estranho.

O maior medo? Não voltar a vê-lo.
A maior ironia? Ter suposto que quando faltasse só um mês para voltar a Lisboa já era rede segura, nada podia acontecer.
A maior tristeza? Gostar tanto de quem não gosta tanto de mim.
O maior arrependimento? Só do que não fiz. E se calhar não tentei o suficiente, não o compreendi o suficiente.
O mais difícil? Desligar a chamada - por ser chamada e por ter de ser desligada.
O que mais me preocupa? Ele... Não poder estar lá para dizer que vai tudo correr bem.

Cisne.

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