19 de junho de 2014

Aceitação

Nunca percebi muito bem como é que funcionava isso de ter pais de diferentes nacionalidades. Conhecia algumas pessoas mas sempre me fez muita confusão. Como assim? Com culturas tão diferentes como raio resultou isso?

Hoje, em Erasmus, consigo entender. Tirando o turco (sim, porque esse é mesmo uma ave rara até para os turcos!!), cá em casa damo-nos todos bem. O curioso é que eu nunca senti diferença de culturas. Sinto-nos todos iguais, não sei. Temos todos cerca de 20 anos, estamos todos a estudar, todos temos as mesmas dúvidas e expectativas em relação ao futuro, todos temos a vida toda ainda por descortinar (que isto de estudar é só o aquecimento)...

Bom, não sei, percebo agora que por termos culturas diferentes houve sempre um cuidado por respeitar tudo do outro. Sim, somos diferentes, e essa diferença é tão clara (nem que seja na linguagem) que já é normal. Essa diferença é aceite e compreendida de uma maneira que deixa de ser uma diferença, passa a ser um gesto bonito. «Eu aceito-te tal como és».

Tenho pena de me aperceber que, sendo da mesma nacionalidade que o P., nunca houve esta aceitação.


Cisne.

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