22 de junho de 2014

Prometi ter 20 anos

 

Aqueles momentos que não duram nada e significam o mundo, aquele momento em que prendes a respiração e ficas parado sem conseguir mexer-te. Aquele momento em que as lágrimas caiem e não encontras solução para parar ou o que fazer a seguir.

Aqueles momentos que quanto mais queres eternizar mais te escapam entre os dedos.

Aquele momento em que vês o nascer do sol ao lado de pessoas que partilharam 5 meses únicos da tua vida. O momento seguinte em que vês um recomeço. O momento seguinte em que te dá medo do que vem a seguir. O momento seguinte em que te dá saudades do que ainda nem deixaste. E no momento seguinte já estás a deixar umas dessas pessoas na estação. No próximo momento és tu.

E o corpo e a cabeça não encontram solução para resolver uma coisa que parece simples: ir embora. Então deixa-se levar... Não é preciso ter sempre rumo.

Porque houve dias em que de repente estava a andar de mota. Porque houve dias em que de repente fui para o mar à noite. Porque de repente fui ver o nascer do sol para a praia. Porque de repente fomos sair. Porque de repente tinha 4 criações. Porque de repente estava na casa de desconhecidos. Porque de repente estava a comer comida vegetariana. Porque de repente acabei com o meu namorado. Porque de repente não consegui sair de casa. Porque de repente alguém me pediu um beijo. Porque de repente eu não sabia o que fazer. 

Vendo bem, os melhores momentos foram os que não tiveram rumo, os que fugiram do meu controlo. Então porque é que estou com tanto medo do que vem a seguir?

Fiz-lhe uma promessa. A de me manter jovem - talvez muito ao estilo do meu pai. Foi uma promessa, a de me lembrar da minha idade, a de pensar à frente mas viver no momento. Não tenciono quebrá-la.

Obrigada L. Obrigada Barcelona.


Cisne.

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