Nunca esperamos que aconteça, a verdade é essa. Fazemos o nosso trabalho o melhor que sabemos, podemos e conseguimos. Eu pelo menos... Temos consciência das nossas fraquezas e pontos fortes, trabalhamos os fracos e humildemente mostramos os fortes. Na terça-feira, no meu primeiro dia de trabalho num colégio a dar aulas de ballet a meninos dos 3 aos 6 anos, aparentemente não fui boa o suficiente para a pessoa que me avaliou.
Custa um bocadinho mas passa. Há que aprender com a experiência. Perceber porque é que aconteceu e o que posso retirar disso. O que posso melhorar, o que de facto foi dito só com a malícia de desvalorizar o meu trabalho, tratando-me como ninguém devia ser tratado. Tenho noção das minhas capacidades e, felizmente, este não foi o meu primeiro trabalho.
Factos: Já dou aulas a crianças (jovens e adultos também) há 3 anos e sempre gostaram do meu trabalho. Já levei inúmeras crianças a exame da RAD (Royal Academy of Dance), miutos graus diferentes e quase nenhuma teve menos de Mérito. Já dei aulas abertas e os pais gostaram do meu trabalho e do meu método; viram resultados nos seus rebentos, conseguiram ver evolução. A directora da academia onde dou aulas, há 3 anos que também confia plenamente no meu trabalho e, inclusivamente, foi com ela (uma pessoa com já 15 anos de experiência profissional a dar aulas) que aprendi a maior parte das coisas que sei a respeito de crianças.
O que ouvi e a descompustura que levei, valem o que valem. E até valem muito na medida em que fazem com que ganhe estofo para da próxima vez não me lavar em lágrimas. Ou da próxima, ou da próxima. Felizmente, sou uma pessoa cada vez mais segura a trabalhar, porque cada vez mais tenho mais experiência. Mas não posso deixar de pensar se isto tivesse acontecido a outra pessoa em que fosse o primeiro trabalho. Acho que ouvindo o que eu ouvi nunca mais ia dar aulas a crianças.
Mas bom, já passou. Não fiquei mais frágil, fiquei mais forte! Obrigadinha shô doutora eu-sei-tudo-tenho-muito-mais-experiência-que-tu-e-o-meu-método-é-que-é, aprendi muito de uma má experiência.
Beijinhos à prima,
Cisne